Un Poison Violent (2010), de Katell Quillévéré: dificilmente o título poderia ter sido melhor escolhido. Algo perturbador e atrevido, um verdadeiro veneno violento que Anna (Clara Augarde) prova e não sabe como reagir, numa descoberta sem muitos pudores. Esta é a história de uma jovem de 14 anos que estuda num colégio católico e que volta a casa, quando descobre que o pai saiu da mesma e que a mãe está desolada. Num clima de afundamento familiar, Anna prepara-se também para o crisma, mas até lá a sua fé vai vacilar e só o desenrolar da história revela o quanto isso irá afectá-la. A descoberta da sexualidade é captada pela realizadora de forma cuidadosa, mas desafiante e pouco comum.
A fita provoca o espectador, instigando-o sobre o que é certo e errado. É uma delicadeza inquietante, culminando num final surpreendente.
(Crítica publicada na edição de Novembro de 2011 da Revista Premiere).
Clara Augarde em Un Poison Violent. Foto: Out Now. |
A fita provoca o espectador, instigando-o sobre o que é certo e errado. É uma delicadeza inquietante, culminando num final surpreendente.
(Crítica publicada na edição de Novembro de 2011 da Revista Premiere).