A Fonte das Mulheres (2011), de Radu Mihaileanu e E Agora, Onde Vamos? (2011), de Nadine Labaki, são filmes algo similares pela história que contam, mas deveras diferentes no modo como o fazem. Ora, ambos abordam o papel da mulher árabe actualmente e de como esta consegue, pelos seus meios muito próprios, alcançar os seus objectivos, vencendo as pretensões masculinas. A Fonte das Mulheres é mais colorido e alegre, com muitas músicas à mistura, onde algumas mulheres, já cansadas de ir buscar a água para a aldeia, resolvem fazer uma “greve ao amor”, tentando que sejam os homens a realizar essa tarefa. As consequências nem sempre serão positivas, mas o resultado final cumpre os desejos femininos iniciais. As aventuras deste grupo de mulheres parecem ter animado o público. Tanto que este lhe atribuiu o Prémio do Público, fazendo com o que realizador repita o sucesso já alcançado anteriormente noutra edição da Festa do Cinema Francês, com o filme O Concerto.
Já E Agora, Onde Vamos? é um pouco mais negro e algo mais dramático. Não obstante, alguns momentos musicais acabam por aliviar um maior momento de tensão emocional. E, mais uma vez, as mulheres alcançam os seus propósitos. Contudo, a narrativa pode ser algo cansativa e monótona em determinadas alturas, apesar de ter alguns momentos de humor assinaláveis e que atribuem um maior ritmo à trama. Não obstante, ambos os filmes são retratos fascinantes de uma cultura diferente, tratada de uma forma atenta e respeitosa e recheados de belos momentos cinematográficos.
(Crítica publicada na edição de Novembro de 2011 da Revista Premiere)
Nadine Labaki em E Agora, Onde Vamos?. Foto: Out Now. |
Já E Agora, Onde Vamos? é um pouco mais negro e algo mais dramático. Não obstante, alguns momentos musicais acabam por aliviar um maior momento de tensão emocional. E, mais uma vez, as mulheres alcançam os seus propósitos. Contudo, a narrativa pode ser algo cansativa e monótona em determinadas alturas, apesar de ter alguns momentos de humor assinaláveis e que atribuem um maior ritmo à trama. Não obstante, ambos os filmes são retratos fascinantes de uma cultura diferente, tratada de uma forma atenta e respeitosa e recheados de belos momentos cinematográficos.
(Crítica publicada na edição de Novembro de 2011 da Revista Premiere)