Thor (Chris Hemsworth) está de regresso para mais uma aventura, bem melhor do que a primeira,
Thor (2011). Com muito mais acção e menos história,
Thor: O Mundo das Trevas (2013) é um filme bem mais cativante e menos pastoso.
Após os acontecimentos de
Os Vingadores (2012, crítica
aqui), Thor precisou de reconquistar a paz nos nove reinos, mas já tem à sua espera um novo vilão, Malekith (Christopher Eccleston), que pretende destruir todo o Universo aquando do alinhamento dos mundos, através do poder Aether. Ora, durante um evento invulgar, Jane Foster (Natalie Portman) fica "agarrada" a esta espécie de substância, tornando o amor de Thor num alvo a alcançar o mais rapidamente possível por Malekith. É aqui que Thor entra em acção, regressando à Terra e levando Jane para Asgard, com o objectivo de tentar protegê-la. O resto da história fica para quem vir o filme...
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Chris Hemsworth. Foto: Out Now. |
A realização mudou de mãos, estando agora a cargo de Alan Taylor, que conseguiu captar da melhor forma o universo mágico de Thor. O encadeamento da narrativa é coerente, sem revelar tudo até ao momento certo, reduzindo, assim, a previsibilidade. E, tratando-se de um filme de super-heróis, os efeitos especiais são essenciais, algo que também não foi descurado nesta obra, sobretudo as ilusões provocadas por Loki (Tom Hiddleston), que continua a ser o personagem mais interessante.
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Tom Hiddleston, Jaimie Alexander, Natalie Portman e Chris Hemsworth. Foto: Out Now. |
A falta de complexidade dos personagens é, justamente, uma das falhas, já que é evidente a pouca profundidade no desenvolvimento de carácter dos protagonistas, agora que estes já são bem conhecidos do público. O único que é mais aproveitado neste sentido é mesmo o irmão do herói, sempre com um humor sagaz e pertinente, com um carácter muito duvidoso. É claro que grande parte disto se deve a Tom Hiddleston, que interpreta o vilão de forma exímia e irrepreensível, atribuindo-lhe uma importância que este poderia não ter. O elenco de actores é uma mais-valia na obra, já que é composto por nomes renomados do Cinema. O menos notável será, porventura, o próprio protagonista que ainda não conseguiu incrementar Thor de algum carisma próprio, sendo apenas um super-herói de presença incólume, que não deixa muitas memórias ao contrário de, por exemplo, Homem de Ferro, interpretado por Robert Downey Jr. Jane Foster tem mais algum protagonismo nesta sequela, apesar de continuar apenas a ser a namorada de Thor. De qualquer forma, é sempre um luxo ter num filme uma actriz como Natalie Portman, mesmo que numa personagem pequena. Destaque também para Anthony Hopkins, Kat Dennings e Christopher Eccleston, que enriquecem a obra com as suas interpretações.
Thor: O Mundo das Trevas insere-se de forma perfeita na linha dos outros filmes Marvel como
Os Vingadores ou
Homem de Ferro Três (2013), mas talvez ainda não tenha conseguido justificar inteiramente a razão para ter um
spin-off. Thor ainda não tem a verdadeira força como super-herói que se esperaria, mas não deixa de ser um óptimo filme no género, cheio de acção e com poucos momentos desnecessários e pouco movimentados. E, claro, é imperdível ficar mesmo até ao fim, após os créditos já terem terminado, já que se trata de um filme da Marvel e há sempre surpresas...