«Gru - O Maldisposto» e os seus inseparáveis Minions

Gru - O Maldisposto. Foto: Beyond Hollywood.

Nem sempre os protagonistas dos filmes de animação são personagens extremamente bondosos, com princípios morais imutáveis. Gru quer ser um grande vilão, mas acaba por ser um super-herói. É assim Gru - O Maldisposto (2010), um vilão mal sucedido na arte de cometer vilanias, que conquista miúdos e graúdos e graúdos com a sua suposta maldade.

Gru tem sido ultrapassado por vilões mais jovens e com novas ideias, como Vector. Para que possa voltar a ser o "maior vilão do mundo" tem uma ideia que tem (quase) tudo para dar certo: roubar a Lua, contando, para isso, com a ajuda dos seus pequenos ajudantes amarelos e muito divertidos, os Minions. Contudo, o plano acaba por ter mais obstáculos do que se pensava inicialmente, pelo que Gru resolve recorrer ao apoio de três pequenas órfãs, que acabarão por fazê-lo mudar o seu modo de ver a vida.

Gru e os Minions. Foto: Out Now.

O argumento é linear, com bastante previsibilidade, mesmo tratando-se de um filme para crianças. Contudo, está muito bem construído visualmente e tem momentos interessantes, que vão entretendo os mais novos, mas também os adultos. Ainda assim, fica bem distante da qualidade de outros filmes de animação, como Shrek (2001), Madagáscar (2005) ou Toy Story 3 (2010), por exemplo. Grande parte do humor da obra deve-se mesmo aos pequenos Minions e não a Gru, o que desvirtua o protagonismo da obra. E, claro, há que mencionar a óptima banda sonora e a música-tema bastante orelhuda de Pharell Williams.

Gru e as pequenas órfãs. Foto: Out Now.

Gru - O Maldisposto, de Pierre Coffin e Chris Renaud, tem grandes vozes no elenco, como Steve Carell, Jason Segel, Kristen Wiig, Julie Andrews e Russell Brand, o que enriquece, em muito, a obra. É um filme de animação mediano, que não surpreende mas também não desilude, enternecendo o espectador pelo carácter bondoso e carinhoso do seu protagonista que não consegue ser tão mau como gostaria.