O prémio de Melhor Filme Estrangeiro destaca a melhor obra cinematográfica de todas as que se fizeram um pouco por todo o mundo. Nesta edição, será uma grande surpresa se não for Amor o grande vencedor, mas tudo pode acontecer. No ano passado, foi o filme iraniano Uma Separação (2011), de Asghar Farhadi, que arrecadou a estatueta.
Nomeados:
- Amor (Áustria)
- Não (Chile)
- Rebelle (Canadá)
- Um Caso Real (Dinamarca)
- Kon-Tiki (Noruega)
Amor
O drama de um casal octogenário que precisa de reaprender a viver com a doença e a solidão é o mote de Amor, o filme austríaco de Michael Haneke (crítica aqui). Esta é a quarta nomeação para a Áustria, após '38 (1986), Os Falsificadores (2007), que venceu o Oscar, e Revanche (2008). Amor é candidato a 5 Oscars, incluindo o de Melhor Filme.
Não
A obra de Pablo Larráin é sobre Rene Saavedra, um publicitário e filho de um exilado, que tem a tarefa de orientar a campanha da esquerda pelo "não" ao regime de Pinochet. A história passa-se durante o referendo que aconteceu no Chile em 1988 e é protagonizada por Gael García Bernal. Esta é a primeira nomeação que o Chile recebe. Não apenas está nomeado para esta categoria.
Rebelle
A narrativa tem como protagonista Komona, uma jovem africana de 14 anos, que conta ao filho ainda não nascido a história da sua vida, marcada pela guerra. Tudo começou quando ela foi retirada da sua aldeia com 12 anos, sendo obrigada a lutar como uma criança soldado. O drama de Kim Nguyen arrecadou a sétima nomeação para o Canadá, após O Declínio do Império Americano (1986), As Invasões Bárbaras (2003), que venceu o Oscar, Incendies - A Mulher que Canta (2010) e Monsieur Lazhar (2011). Rebelle só concorre nesta categoria.
Um Caso Real
O filme dinamarquês de época, do realizador Nikolaj Arcel, conta a história da Rainha Caroline Mathilde, casada com o Rei Christian VII, conhecido pela sua instabilidade emocional. A Rainha acaba por apaixona-se pelo seu médico alemão, Johann Friedrick Struensee. Os dois começam uma revolução que vai mudar a história da nação. Esta é a nona nomeação para a Dinamarca, que já venceu o Oscar para Melhor Filme Estrangeiro por 3 vezes, por A Festa de Babette (1987), Pelle, o Conquistador (1988) e Num Mundo Melhor (2010). Um Caso Real apenas tem esta nomeação.
Kon-Tiki
A Noruega marca presença nesta categoria com a obra de Joachim Rønning e Espen Sandberg, sobre o antropologista Thor Heyerdahl, que desenvolve a teoria de que a colonização da Polinésia havia sido feito por indígenas da América do Sul. Contudo, as suas ideias são rejeitadas pela comunidade científica. Para comprovar a sua teoria, Heyerdahl inicia uma expedição pelo Oceano Pacífico, da América do Sul para a Polinésia, a bordo do barco Kon-Tiki. A Noruega está nomeada pela quinta vez nesta categoria, após Nine Lives (1957), O Guia da Montanha (1987), The Other Side of Sunday (1996) e Elling (2001), ainda não tendo conseguido arrecadar o Oscar. Kon-Tiki apenas está nomeado nesta categoria.